A língua, o chapéu, o elefante e a caixa do carneiro: a nova imaginação em Duchamp e Saint-Exupéry

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v22i37.45691

Palavras-chave:

pintura, fotografia, imaginação, escrita, semiótica

Resumo

O artigo aproxima duas produções de campos diferentes, o livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, e a obra de Marcel Duchamp, em especial Com a minha língua na minha bochecha, para tratá-las como pontas do mesmo iceberg, a saber a mudança do regime sígnico paradigmático histórico referenciado no símbolo para o pós-histórico, que tem como referência o índice, segundo as definições da semiótica de C.S. Peirce; assim como a influência das imagens técnicas neste processo, com base na análise de Vilém Flusser que incide sobre a dinâmica cultural do Ocidente e a retomada da hegemonia da imaginação inerente ao domínio da lógica produtora de sentido por aparelhos.

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Biografia do Autor

  • Ricardo Maurício Gonzaga, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil

    Ricardo Maurício Gonzaga é doutor em Artes Visuais pela UFRJ e professor associado do Departamento de Artes Visuais e do Progra-ma de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Referências

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Artigos

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

A língua, o chapéu, o elefante e a caixa do carneiro: a nova imaginação em Duchamp e Saint-Exupéry. (2021). REVISTA POIÉSIS, 22(37), 331-352. https://doi.org/10.22409/poiesis.v22i37.45691