trajetória seguida pelo Hip-Hop no
“caldeirão cultural brasileiro” ao
desembarcar por aqui. Pelo contrário,
lutas se encontram, gêneros musicais
afro-diaspóricos dialogam, os atores
evocados ecoam em uníssono e
atravessam a emergência daquele
momento único nessa história:
AmarElo.
Por fim, Emicida traz novamente
o ditado de Exu, para finalizar e reforça
a necessidade de refazer memórias a
partir de encontros no momento
presente. Assim, fecha-se um ciclo:
imagens do cotidiano, imagens do
Teatro Municipal, imagens do show,
imagens de ensaios, imagens das
comunidades periféricas continuam a
compor o cenário das narrativas.
Referências
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Referências fílmicas
AMARELO: É TUDO PRA ONTEM;
Direção: Fred Ouro Preto. Produção: