Entrevista com Marlon Weichert
DOI:
https://doi.org/10.22409/fnvptm95Resumo
Conversei com Marlon Weichert em abril de 2019, na cidade de São Paulo, em seu gabinete, onde fui recebida em um dos edifícios do Ministério Público Federal, após uma chuva torrencial que me pegou no caminho para o nosso encontro. O contexto era dos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro ocupando a Presidência da República e toda a investida contrária às políticas adotadas em torno do que chamamos de Justiça de Transição. Naquela época, uma das últimas fronteiras “blindadas” desse movimento de desmonte estava no Grupo de Trabalho Justiça de Transição e na agenda do Ministério Público Federal em perseguir a alternativa judicial no campo da prestação de contas pelas violências e abusos de direitos humanos praticados no período da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Marlon era uma das pessoas mais importantes dessa inovação judicial no Brasil pois esteve envolvido com ela antes mesmo da ideia se concretizar. Sua trajetória acompanhando os trabalhos pela busca dos desaparecidos do Araguaia, da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund e todo o caminho que se pavimentou a partir do envolvimento do Ministério Público Federal com o tema, deu novos contornos ao tema e o encontro foi fundamental para compor minha tese de doutorado defendida em 2021 pelo PPGCP/UFF intitulada “A Justiça de Transição e os Direitos Humanos: A Persecução Judicial pelo Ministério Público Federal dos Crimes Praticados no Período da Ditadura Militar.” Essa é uma oportunidade de compartilhar com a comunidade acadêmica a mesma experiência que tive.
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