Me chame como quiser, mas me chame de Saia de Marylin: a escultura pública de Ascânio MMM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/arte.lugar.cidade.v2i2.69647

Palavras-chave:

arte pública, inivisibilização, apropriação popular, Ascânio MMM, Rio de Janeiro

Resumo

Neste artigo, procuramos avançar em reflexões a respeito da ocupação dos espaços públicos das cidades contemporâneos, ancorados em teorias da arte pública, do urbanismo crítico e das políticas públicas, com o objetivo de pensar os processos de estetização da vida urbana e de gentrificação de regiões dessas cidades. Consideramos igualmente outras possibilidades mais otimistas que apontam a arte pública como geradora de singularidades, capaz de alavancar a percepção da autoestima cidadã e de promover o engajamento da população. Nessas reflexões, buscamos analisar as relações que se instauram em torno da escultura Módulo Rio (Módulo 8.4) de Ascânio MMM, instalada na área externa de acesso a um edifício corporativo na cidade do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

  • Luiz Sérgio de Oliveira, Universidade Federal Fluminense, Brasil

    Luiz Sérgio de Oliveira é artista e Professor Titular do Departamento de Arte da Universidade Federal Fluminense. É Doutor em Artes Visuais pelo PPGAV-EBA-UFRJ (2006), com estágio de pesquisador associado junto à Universidade de San Diego (USD), Califórnia, Estados Unidos, e Mestre em Arte pela Universidade de Nova York (NYU), Estados Unidos (1991). É o Coordenador do Grupo de Estudos sobre Arte Pública (GEAP-BR). É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível B.

Referências

Alvarez, R. (2021). Redentor: a biografia do Cristo de braços abertos, ilustre morador do Corcovado, orgulho do Brasil, maravilha do mundo. Globo Livros.

Assmann, A. (2022). (In)visible Monuments. What Makes Monuments Controversial?. In U. Capdepón, & S. Dornhof (Eds.), Contested Urban Spaces. Palgrave Macmillan Memory Studies. Palgrave Macmillan. https://doi.org/10.1007/978-3-030-87505-3_2

Brant, F., & Nascimento, M. (2018). Nos bailes da vida. Nascimento Edições Musicais, Sony Music.

Buren, D. (1979). A função do ateliê [Fonction de l’atelier]. In U. Loock (Ed.), Anarquitectura de Andre a Zittel (pp. 48-53). Público / Fundação de Serralves.

Bingham-Hall, J. (2015). Public Art as a Function of Urbanism. In The Everyday Practice of Public Art (pp. 161-176). Routledge.

Ceron, I. P. (Org.). (2021). Galeria de Artistas: Centro Empresarial Rio 1983-1990. FGV Conhecimento.

Conduru, T. (2013). Rio de Janeiro, capital das artes. história, histórias, 1(1), 26-34.

https://pdfs.semanticscholar.org/0d07/1af618a5341eaa541160ee4da0ed482acdb5.pdf .

Deutsche, R. (1992). Art and Public Space: Questions of Democracy. Social Text, (33), 34-53.

Elsabagh, H. A. E., Bashandy, S. Y. H., Abd Elaziz, N. M., & Abd El Aziz, N. A. (2022). The impact of 3d public art on improving visual image and identity of urban spaces. Journal of Urban Research, 46(1), 76-102.

Giumbelli, E. (2008). A modernidade do Cristo Redentor. Dados, 51, 75-105.

Gullar, F. (1977). Teoria do Não-Objeto. In A. A. Amaral (Org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962 (pp. 85-94). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Hall, T. (2014). Art and Urban Change: Public art in Urban Regeneration. In Cultural Geography in Practice (pp. 221-237). Routledge.

Herkenhoff, P. (2012). Ascanio MMM: Poética da razão. Bei Comunicação.

Herzog, C. S. (2012). Arquitetura da festa: arte pública e neoconcretismo no Rio de Janeiro (Dissertação de mestrado não-publicada). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de História.

Khan, Y. S. (2017). Enlightening the world: the creation of the Statue of Liberty. Cornell University Press.

Kwon, M. (2002). Public Art and Urban Identities. Blog Transversal Texts.

https://transversal.at/transversal/0102/kwon/en

Lipovetsky, G., & Serroy, J. (2015). A estetização do mundo - viver na era do capitalismo artista. Companhia das Letras.

Mathews, V. (2010). Aestheticizing Space: Art, Gentrification and the City. Geography Compass, 4(6), 660-675.

Mikulay, J. G. (2011). Another Look at La Grande Vitesse. Public Art Dialogue, 1(1), 5-23.

Musil, R. (1987). Monuments. In Posthumous papers of a living author (P. Wortsman,Trans.). Eridanos Press.

Nance, K. (2004, 14 julho). The Bean’s Bone of Contention; What’s in a Name? Disagreements Swirl around Kapoor Piece in Millennium Park (64). Chicago Sun-Times.

Oliveira, L. S. (2022). Ascânio MMM: a cidade como lugar da escultura. In S. Furegatti, T. S. Bassani, & A. Sequeira (Eds.), Arte pública no Brasil: convergências e dissensos (pp. 23-34). Instituto de Artes, Unicamp.

Pritchard, S. (2020). The Artwashing of Gentrification and Social Cleansing. In The Handbook of Displacement (pp. 179-198). Springer International Publishing.

Sacco, P. L., Tartari, M., Ferilli, G., & Tavano Blessi, G. (2019). Gentrification as Space Domestication. The High Line Art Case. Urban Geography, 40(4), 529-554.

Sansi, R. (2020). The Idle Goddess: Notes about Post-relational Anthropology and Art. In An Anthropology of Contemporary Art (pp. 196-210). Routledge.

Sansi, R. (2015). Public Disorder and the Politics of Aesthetics in Barcelona. Journal of Material Culture, 20(4), 429-442.

Santino, C. (2024, 25 agosto). All About Marilyn Monroe's Iconic White Dress (and the Behind-the-Scenes Drama It Caused). People.

https://people.com/style/marilyn-monroe-iconic-white-dress-details/

Senie, H. F. (2003). Responsible criticism: evaluating public art. Sculpture, 22(10), 44-49.

Senie, H. F. (2002). The Tilted Arc controversy: Dangerous precedent?. U. of Minnesota Press.

Serra, R. (2001). The Tilted Arc Controversy. Cardozo Arts & Ent. LJ, 19, 39.

Sharp, J., Pollock, V., & Paddison, R. (2020). Just Art for a Just City: Public Art and Social Inclusion in Urban Regeneration. In Culture-led Urban Regeneration (pp. 156-178). Routledge.

Sutherland, C. (2003). The statue of liberty. Barnes & Noble Publishing.

Tartari, M., Pedrini, S., & Sacco, P. L. (2022). Urban “Beautification” and its Discontents: The Erosion of Urban Commons in Milan. European Planning Studies, 30(4), 643-662.

Ward, J. (2011). Cloud Gate: Challenging Reproducibility. In C. Eisner, & M. Vicinus (Eds.), Originality, imitation, and plagiarism: teaching writing in the digital age (64-76). The University of Michigan Press. https://library.oapen.org/bitstream/handle/20.500.12657/24007/1006126.pdf#page=73

Downloads

Publicado

2025-10-29

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Me chame como quiser, mas me chame de Saia de Marylin: a escultura pública de Ascânio MMM. arte :lugar :cidade, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 105–121, 2025. DOI: 10.22409/arte.lugar.cidade.v2i2.69647. Disponível em: https://www.periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/69647. Acesso em: 9 dez. 2025.