A interdição da lealdade: a amizade como transgressão social

Autores

  • Clayton Emanuel Rodrigues UFSC
  • Paulo Roney Ávila Fagundez

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu11i2.p181

Resumo

A fluidez dos conceitos de pena e castigo orienta uma reflexão sob a perspectiva genealógica de Nietzsche. Pretende investigar as idéias que fundaram as penas, os debates e descontinuidades que transformaram uma parte significativa do mundo real informal em um mundo formal abstrato que se revela no sentido da lei, na realidade concreta da construção do aparelho estatal e de relações pessoais específicas pelas vias da punição. Ruir com as amizades, transformar o sentimento de lealdade pessoal em um sentimento de dever ser, secundarizar os vínculos, obstaculizar as relações de afeto são os fundamentos das discussões que erguem o monstro sagrado da cidadania aprisionada pelas grades da democracia, cujo exército de lei desconhece a pessoa singular, a amizade e impõe uma ética do bem comum acima de quaisquer vínculos pessoais, cujo castigo é fundamento de sua eficácia.

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Publicado

2009-12-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A interdição da lealdade: a amizade como transgressão social. Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 5–26, 2009. DOI: 10.22409/conflu11i2.p181. Disponível em: https://www.periodicos.uff.br/confluencias/article/view/34265. Acesso em: 9 dez. 2025.