Monteiro Lobato e os Estados Unidos: Reflexões nitzschianas

Autores

  • Carmen Lúcia Felgueiras Professora do PPGSD UFF (Programa de Pós Graduação em Sociologia e Direito)

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu5i1.p94

Resumo

Neste artigo pretendo discutir uma concepção de sociedade norte-americana, vigente na primeira metade do século 20, mas cujos ecos ainda reverberam entre nós, dada a imensa e permanente influência de seu formulador. Tratam-se aqui das idéias de Monteiro Lobato e da inspiração que encontrou em Nietzsche para formular sua visão a respeito daquela sociedade. No último Fórum Social Mundial, José Saramago nos advertia para os riscos das utopias tornarem-se ficções totalizantes. Pretendo mostrar aqui que essas implicações foram plenamente percebidas por Lobato, que se vê diante do paradoxo que resulta em partir de Nietzsche e aceitar a existência de um modelo que funcione como utopia desejável. Creio que este retorno a Lobato não deixa de ser oportuno e capaz de nos oferecer insights esclarecedores, principalmente se observamos ser constitutiva da condição do presente, em nossa sociedade, uma relação ambivalente com a “América”, seja como objeto de desejo, seja como aquilo que devemos repelir ou negar.

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Publicado

2006-07-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Monteiro Lobato e os Estados Unidos: Reflexões nitzschianas. Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 02–11, 2006. DOI: 10.22409/conflu5i1.p94. Disponível em: https://www.periodicos.uff.br/confluencias/article/view/34311. Acesso em: 11 dez. 2025.