CANDIDATURAS E MANDATOS COLETIVOS

práticas a partir de judicializações e de casos do PSOL no Paraná entre 2018-2020

Autores

  • Daniele Prates Pereira Unioeste Francisco Beltrão/PR
  • Diogo Felipe de Castro Rech Unioeste Francisco Beltrão

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu.v26i2.61757

Resumo

O presente trabalho inicia apresentando o conceito de candidaturas e mandatos coletivos. Diante desse contexto, surgiram alternativas para o modelo tradicional, como aparecimento de candidaturas e mandatos coletivos ou compartilhados - compostos por mais de uma pessoa para ocupar o referido cargo. A pesquisa teve como foco tais candidaturas e o funcionamento de mandatos em que o grupo foi eleito. O objetivo da pesquisa foi compreender o funcionamento de candidaturas e mandatos coletivos na prática. Utilizou como método de abordagem a dedução, com base em duas coletas de dados: 1. Casos judicializados envolvendo mandatos coletivos e 2. respostas a questionário aplicado aos membros de candidaturas coletivas do PSOL, no estado do Paraná, visando compreender seus formatos e funcionamentos. Os questionários foram enviados via correio eletrônico aos candidatos que registraram a candidatura do coletivo. Foram entrevistadas candidaturas coletivas e um mandato eleito. Os casos judicializados foram selecionados como corpus de pesquisa, a fim de demonstrar as situações conflituosas que podem surgir e os posicionamentos que os tribunais vêm tomando para solucionar estas situações que poderão se tornar corriqueiras em cenários de eleição. Concluiu-se que as iniciativas coletivas de candidaturas vêm ganhando popularidade, possuindo 29 mandatos coletivos eleitos no país até 2021. Entretanto, seus modelos encontram dificuldade de exercício devido à ausência de regulamentação legal, ocasionando em problemas para a divisão salarial, hierarquia na tomada de decisões, expulsões, renúncias e questionamentos jurídicos, de modo que é necessário que o legislador brasileiro proponha disposições especialmente em casos de renúncia ou expulsão de membros dos coletivos, o que pode gerar ofensas ao sistema democrático, o que torna o tema relevante.

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Biografia do Autor

  • Daniele Prates Pereira, Unioeste Francisco Beltrão/PR

    Doutorado em Sociedade, Cultura e Fronteiras (Unioeste Foz do Iguaçu/PR), Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas (UEPG/PR), Especialização em Direito Tributário (Unicenp Curitiba/PR), graduação em Direito (UEPG/PR). Afiliada OAB/PR. Docente efetiva no curso de Direito da Unioeste Francisco Beltrão/PR. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos (GPDH) com ênfase em processos de identificação, mobilizações e movimentos sociais, gênero, direitos das mulheres, direitos reprodutivos, sexuais e da maternidade. Coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas Unioeste Francisco Beltrão/PR (2022/2023).

  • Diogo Felipe de Castro Rech, Unioeste Francisco Beltrão

    Graduação em Direito na Unioeste Francisco Beltrão. Assessor na Defensoria Pública do Estado do Paraná.

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Publicado

2024-11-29

Como Citar

CANDIDATURAS E MANDATOS COLETIVOS: práticas a partir de judicializações e de casos do PSOL no Paraná entre 2018-2020. Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 229–257, 2024. DOI: 10.22409/conflu.v26i2.61757. Disponível em: https://www.periodicos.uff.br/confluencias/article/view/61757. Acesso em: 11 dez. 2025.