EDUCAÇÃO FÍSICA E PREVENÇÃO DE AFOGAMENTOS: ENSINO DA SEGURANÇA AQUÁTICA NA ESCOLA

Résumé

O presente artigo aborda a relevância da segurança aquática no contexto da Educação Física escolar, diante do alto índice de afogamentos no Brasil. O objetivo foi relatar uma proposta didática elaborada na disciplina Atividades Aquáticas II, do curso de Educação Física da Universidade Federal Fluminense, voltada ao Ensino Médio, para desenvolver a competência aquática mesmo em escolas sem piscina. A metodologia consistiu na elaboração de uma sequência de 10 aulas, contemplando tanto instituições com acesso à piscina quanto aquelas que não possuem infraestrutura aquática, utilizando quadra, sala de aula, vídeos, jogos, dramatizações e mapas de risco. Os conteúdos abordaram a identificação de ambientes aquáticos e seus perigos, dados epidemiológicos, equipamentos de segurança, simulações práticas e discussões sobre educação ambiental. Os resultados indicaram que, apesar da ausência de piscinas em 97% das escolas públicas brasileiras, é possível ensinar segurança aquática de forma crítica, preventiva e significativa, promovendo a autonomia, a responsabilidade e a consciência cidadã dos estudantes quanto ao uso de rios, praias, lagos e piscinas públicas. Conclui-se que a inserção da temática amplia as possibilidades pedagógicas da Educação Física, fortalecendo a cultura corporal, a valorização da vida e a redução de desigualdades, configurando-se como uma prática inclusiva e transformadora.

Palavras-chave: Atividades aquáticas. Segurança Aquática. Educação Física Escolar. Prevenção de Acidentes. Afogamento.