ESPAÇOS (PRÉ)DESTINADOS ÀS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: TERRITÓRIOS DISPUTADOS PARA AS PRÁTICAS CORPORAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Résumé
Objetivamos neste trabalho compartilhar algumas experiências vividas, enquanto bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), nas aulas de Educação Física em diferentes espaços no CIEP onde atuamos. A metodologia adotada foi o relato de experiência. No início do PIBID nesta escola (novembro de 2024) as aulas de Educação Física aconteciam no pátio, situado na entrada da escola. Nele ocorre a entrada e saída das turmas, havendo um grande fluxo de alunos, responsáveis e funcionários. Em determinados horários, as aulas de Educação Física coincidiam com o horário de uso do parquinho da escola, também localizado no pátio. Além dos fatores acima citados, a circulação de animais como cachorros e pombos também foi observada. Sem haver nenhuma cerca ou barreira que delimita o espaço, em dias de chuva, inúmeras poças de lama se formavam. Nesse cenário, consideramos que nossas práticas pedagógicas foram visivelmente prejudicadas, exigindo uma constante superação da professora supervisora e de nós pibidianos. Manter o foco dos alunos, entre tantas distrações e estímulos era o grande desafio das aulas. Apesar da escola dispor de uma quadra poliesportiva, esse espaço não podia ser utilizado para as aulas de Educação Física, pois está localizado no terraço do prédio e o mesmo era reservado para uso exclusivo de outra instituição. Damazio e Paiva (2008) destacam a precariedade do espaço físico para a Educação Física escolar, apontado dois principais aspectos: a não valorização social da área (desvalorização de sua importância no desenvolvimento integral do educando) e o abandono das estruturas educativas destinadas às camadas populares. Em nossas experiências percebemos a importância de ter um espaço dedicado e qualificado para a Educação Física, pois esse tem um impacto significativo no processo de ensino-aprendizagem. Ter um espaço físico pouco adequado ou improvisado para aulas pode acarretar em diversas problemáticas. Para Lima (1998), o espaço físico não deve ser enxergado como um local em que as crianças ficarão estagnadas, mas sim como um material rico e importante para aprendizagem, pois com a negligência destes o aprendizado fica muito limitado. As experiências vividas revelaram a urgência em conceder aos professores condições adequadas de trabalho, tanto de materiais quanto de espaço físico a fim de que estes possam cumprir seus planejamentos. A defasagem dos recursos acaba prejudicando o fazer pedagógico, por mais criativo e dedicado que o docente se faça.
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