DESENHANDO UMA AVALIAÇÃO: O AVALIAR AFETIVO E EFETIVO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Autores

  • Isabele Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/ PPGE
  • Breno AMARAL MATTA
  • Beatriz TEIXEIRA RANGEL
  • JOAO VICTOR JOAO VICTOR BAPTISTA DA SILVA
  • Lucas LIRA RIBEIRO

Resumo

O artigo analisa a Educação Física escolar como prática pedagógica fundamental na formação integral dos alunos, defendendo que seu papel vai além do desenvolvimento motor ou técnico, abrangendo dimensões sociais, éticas e culturais da cultura corporal. Com base no Coletivo de Autores (1992) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), o texto discute as três dimensões do conteúdo — conceitual, procedimental e atitudinal — e sua integração no processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é abordada como instrumento formativo e diagnóstico, essencial para compreender o progresso dos estudantes, e não como mecanismo de punição ou exclusão. Darido (2011) é citada ao destacar as limitações do modelo avaliativo tradicional, ainda pautado em parâmetros biologicistas e esportivistas, que desconsideram o caráter social e cultural das práticas corporais. O estudo, de abordagem qualitativa, fundamenta-se em Minayo (2012) e adota a revisão integrativa da literatura e a observação participante como métodos principais. A pesquisa foi realizada no CIEP 250, em São Gonçalo (RJ), observando aulas de Educação Física de turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A análise de conteúdo, segundo Bardin (2011), orientou o tratamento dos dados, estruturada em três fases: pré-análise, exploração do material e interpretação dos resultados. Os resultados evidenciam uma prática pedagógica voltada à ludicidade, à inclusão e à valorização da participação dos alunos. Como alternativa às avaliações tecnicistas, os docentes propuseram o desenho como método avaliativo, especialmente para turmas de 2º e 3º anos, valorizando a expressão simbólica e afetiva das experiências corporais vivenciadas. Essa proposta possibilitou avaliar dimensões atitudinais e cognitivas de forma mais humanizada, resgatando memórias e incentivando a reflexão sobre as práticas esportivas. O estudo conclui que metodologias avaliativas lúdicas e participativas promovem maior engajamento, inclusão e sentido pedagógico, reforçando a função social e emancipadora da Educação Física escolar.

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Publicado

2025-12-26