TRAJETÓRIAS CHINESAS EM ROTAS DE COMERCIALIZAÇÃO: IMPLICAÇÕES NOS CENTROS HISTÓRICOS DO BRASIL A PARTIR DO CASO RECIFE - PE
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2022.v24i52.a46968Palavras-chave:
migração chinesa, Centro Histórico, Recife, São José.Resumo
Ao caminhar pelas ruas do Centro Histórico do Recife, chama a atenção a presença de um comércio popular tradicional, concentrado em partes contíguas dos bairros de São José e de Santo Antônio, área conhecida como Vuco-vuco. Esse comércio abastece o Grande Recife e as cidades circunvizinhas de mercadorias de baixo custo, tanto para o comércio atacadista como para o varejista. As ruas estreitas e os becos dessa área se transformaram no decorrer do tempo. A partir dos anos 1990, com a inserção do Brasil no mundo globalizado, muitas das fachadas das suas lojas passaram a exibir um colorido até então inexistente. Placas, nas cores amarela e vermelha, estampam nomes em mandarim e, assim, anunciam a presença de migrantes chineses. Neste artigo, busca-se desvendar o processo de (re)territorialização desses migrantes na centralidade histórica recifense, processo que vem contribuindo para ampliar o espectro de trajetórias (histórias) que ali coexistem.
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