Do corpo ao corpus travesti: exercícios de performatividade de gênero em Florbela Espanca, Al Berto e Margarida Vale de Gato

Autores

  • Leonel Isac Maduro Velloso Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i26.47427

Palavras-chave:

literatura portuguesa, poesia, encenação do feminino

Resumo

Este artigo tem por objetivo e desafio analisar, de forma transversal, alguns textos de três poetas portugueses − Florbela Espanca, Al Berto e Margarida Vale de Gato −, no que tange à encenação do feminino na subjetividade lírica, por meio de um operador conceitual designado de “escrita-travesti”. Para tanto, lançar-se-á mão da Teoria Queer e das Teorias Feministas que, contemporaneamente, veem (re)pensando a categoria de sujeito.

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Biografia do Autor

  • Leonel Isac Maduro Velloso, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutor em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; mestre e especialista em Literatura Portuguesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integrou a equipe brasileira Novas Cartas Portuguesas: 40 anos depois, sob a coordenação do professor doutor Jorge Fernandes da Silveira. Atuou, de 2012 a 2014, como professor substituto de Literatura Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor prestador de serviço dos cursos de pós-graduação (Lato Sensu) em Letras da Universidade Estácio de Sá e professor colaborador do curso de pós-graduação (lato Sensu) em Literatura Infanto- -Juvenil da Universidade Federal Fluminense. Integra o grupo de pesquisa Corpo, Raça, Gêneros e Sexualidades nas Literaturas de Língua Portuguesa (UFF), sob a coordenação da professora Tatiana Pequeno.

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Publicado

2021-04-24

Como Citar

Do corpo ao corpus travesti: exercícios de performatividade de gênero em Florbela Espanca, Al Berto e Margarida Vale de Gato. (2021). Abril – NEPA UFF, 13(26), 91-104. https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i26.47427