LABORATORIO BRASIL
LA DESAPARICIÓN FORZADA DE LA GUERRA FRÍA A LA GUERRA CONTRA EL TERROR
DOI:
https://doi.org/10.22409/fad4zp27Palabras clave:
Desaparición forzada, Guerra Fría, Guerra al TerrorResumen
Este artículo pretende responder a la pregunta «¿existe una continuidad entre la práctica de las desapariciones forzadas cometidas por el Estado brasileño durante la Guerra Fría y las cometidas, en particular, por los Estados Unidos de América (EE.UU.) en el contexto de la Guerra contra el Terror?». En concreto, el trabajo analizará, a través de una investigación documental y una revisión bibliográfica, cómo Brasil fue utilizado en el siglo XX como campo de ensayo de una doctrina contrainsurgente que, bajo la influencia de EE.UU., sentó las bases para el uso de la desaparición forzada que se repetiría en el contexto de la Guerra contra el Terror. El vínculo entre las prácticas de contrainsurgencia de la Guerra Fría y la Guerra contra el Terror ha sido analizado por diversos autores, pero sólo el artículo que nos ocupa aborda el tema desde el punto de vista de la desaparición forzada, tomando como ejemplo paradigmático el Brasil dictatorial. El artículo concluye que la Doctrina de Seguridad Nacional sentó las bases de la lucha contra el enemigo político, a menudo encapsulado en la imagen del «terrorista», de modo que el uso de la desaparición forzada para controlar la disidencia fue reutilizado por EEUU para combatir a los llamados «terroristas» en el siglo XXI.
Descargas
Referencias
AMNESTY INTERNATIONAL. Pakistan: Enforced disappearances in the 'war on terror'. Londres: Amnesty International, 2006. Disponível em: http://web.amnesty.org/library/Index/ENGASA330362006. Acesso em: 17 set. 2025.
ARANTES, Paulo Eduardo. A fratura brasileira do mundo: visões do laboratório brasileiro da mundialização. São Paulo: Editora 34, 2023.
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Fórmula para o caos: a derrubada de Salvador Allende 1970-1973. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2023.
BEVINS, Vincent. O Método Jacarta: a Cruzada Anticomunista e o Programa de Assassinatos em Massa que Moldou o Nosso Mundo. trad. Gabriel Carin Deslandes. São Paulo: Autonomia Literária, 2020.
BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório. Volume I. Brasília: CNV, 2014. 976 p. (Relatório da Comissão Nacional da Verdade; v. 1).
BRASIL. Escola Superior de Guerra. Doutrina Básica. Rio de Janeiro. 1979.
CALVEIRO, Pilar. Violencias de Estado: la guerra antiterrorista y la guerra contra el crimen como médios de control global. Buenos Aires: Siglo XXI, 2012.
CARVALHO, José Roberto Nogueira de Sousa. Novo Velho Inimigo: o antiterrorismo no Brasil e o retorno do discurso da Doutrina de Segurança Nacional. Londrina: Editora Thoth, 2025.
COMBLIN, Joseph. Le pouvoir Militaire en Amerique Latine: l’ideologie de la Securité Nationale. Paris: Jean-Pierre Delarge, 1977.
COUTO E SILVA, Golbery do. Conjuntura política nacional: o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil. 3 . ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.
DENBEAUX, Mark; DENBEAUX, Joshua; GRATZ, David; GREGOREK, John; DARBY, Matthew; EDWARDS, Shana; HARTMAN, Shane; MANN, Daniel; SASSAMAN, Megan; SKINNER, Helen. Report on Guantánamo Detainees: A Profile of 517 Detainees Through Analysis of Department of Defense Data. Newark: Seton Hall University School of Law, Center for Policy and Research, 2006. Disponível em: http://law.shu.edu/ProgramsCenters/PublicIntGovServ/policyresearch/Guantanamo-Reports.cfm. Acesso em: 17 set. 2025.
DOMÍNGUEZ AVILA, Carlos Federico. O caso Letelier: quarenta anos depois, 1976 2016 – ensaio de interpretação. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 95, p. 1–16, 2017.
DUARTE-PLON, Leneide. A tortura como arma de guerra - Da Argélia ao Brasil: Como os militares franceses exportaram os esquadrões da morte e o terrorismo de Estado. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2016.
ENDO, Paulo Cesar. Sonhar o desaparecimento forçado de pessoas: impossibilidade de presença e perenidade de ausência como efeito do legado da ditadura civil-militar no Brasil. Psicologia USP, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 8–15, 2016.
FOUCAULT, Michel. Segurança, Território e População. trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FRANCO, Fábio Luís. Governar os mortos: necropolíticas, desaparecimento e subjetividade. São Paulo: Ubu editora, 2021.
FUNDAÇÃO ASTROJILDO PEREIRA. Brasil é um laboratório mundial de criação de realidade paralela, diz João Cezar de Castro Rocha. Brasília: Fundação Astrojildo Pereira, 21 out. 2022. Disponível em: https://fundacaoastrojildo.org.br/brasil-e-um-laboratorio-mundial-de-criacao-de-realidade-paralela-diz-joao-cezar-de-castro-rocha/. Acesso em: 17 set. 2025. (conteúdo reproduzido/relatado em: Brasil 247, 21 out. 2022).
GALELLA, Patrício, ESPÓSITO, Carlos. Extraordinary Renditions in the Fight Against Terrorism - Forced Disappearances?. SUR International Journal on Human Rights. v. 9, n. 16, p. 7-31, jun. 2012. Disponível em: https://sur.conectas.org/wp-content/uploads/2017/11/sur16-eng-patricio-galella-and-carlos-esposito.pdf. Acesso em: 24 abr. 2025.
GRANDIN, Greg. Empire’s Workshop: Latin America, the United States, and the Rise of the New Imperialism. Nova York: Henry Holt, 2013.
GRANDIN, Greg. The Last Colonial Massacre: Latin America in the Cold War. Chicago e Londres: The University of Chicago Press, 2004
HARCOURT, Bernard E. The Counterrevolution: How Our Governments Went to War Against Its Own Citizens. New York: Basic Books, 2018.
HARMER, Tanya. Brazil's Cold War in the Southern Cone, 1970-1975. Cold War History, v. 12, n. 4, p. 1-23, 2012.
HUMAN RIGHTS WATCH. Ghost prisoner: two years in secret CIA detention. Nova York: Human Rights Watch, 2007. (Human Rights Watch Report, v. 19, n. 1(G)). Disponível em: https://www.hrw.org/report/2007/02/27/ghost-prisoner/two-years-secret-cia-detention. Acesso em: 17 set. 2025.
HUSSAIN, Salman. Violence, law, and the archive: how dossiers of memory challenge enforced disappearances in the war on terror in Pakistan. PoLAR: Political and Legal Anthropology Review, v. 42, n. 1, p. 53-67, 2019.
HUSSAIN, Salman. War on terror to war on dissent: enforced disappearances in Pakistan. Economic and Political Weekly, v. 53, n. 17, p. 19-21, 2018.
HUSSAIN, Salman. Witnessing “imperfect victims”: (In)culpability, collaboration, and the “suffering subject”. American Ethnologist, v. 49, n. 1, p. 92-103, 2022.
HUNTINGTON, Samuel P.. Democracy's Third Wave. Journal of Democracy, v. 2, n. 2, p. 12-34, 1991.
IHU – INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS. “Brasil é um laboratório da extrema direita global”. Entrevista com Odilon Caldeira Neto. Porto Alegre: IHU — Instituto Humanitas Unisinos, 12 jan. 2023. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/625477-brasil-e-um-laboratorio-da-extrema-direita-global-entrevista-com-odilon-caldeira-neto. Acesso em: 17 set. 2025.
LERNER, Daniel Josef. Os desaparecidos políticos e a comissão nacional da verdade. São Paulo: Hucitec, 2025.
KUCINSKI, Bernardo. K: relato de uma busca. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
MARTINS, Roberto R. Segurança Nacional. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.
MIRK, Sarah (ed.). Guantánamo Voices: true accounts from the world’s most infamous prison. New York: Abrams, 2020.
MCSHERRY, J. Patrice. Predatory States: Operation Condor and Covert War in Latin America. Maryland: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2005.
MUSHARRAF, Pervez. In the Line of Fire: A memoir. New York: Free Press, 2006.
NASSER, Reginaldo. A luta contra o terrorismo: os Estados Unidos e os amigos talibãs. São Paulo: Editora Contracorrente, 2021.
POYNTING, Scott. “We are all in Guantánamo”: State terror and the case of Mamdouh Habib. In: R. JACKSON, R.; MURPHY, E.; POYNTING, S., (eds.). Contemporary State Terrorism: Theory and Practice. London/New York: Routledge, 2010, p. 181-195.
ROSENO, Renato (site). SAFATLE: Brasil tornou-se laboratório mundial de opressão neoliberal. Fortaleza: Portal Renato Roseno, 08 abr. 2019. Disponível em: https://www.renatoroseno.com.br/noticias/safatle-brasil-opressao-laboratorio-neoliberal-fascista. Acesso em: 17 set. 2025.
SARKIN, J.; BARANOWSKA, G. Why enforced disappearances are perpetrated against groups as state policy: overlaps and interconnections between disappearances and genocide. Católica Law Review, v. 2, n. 3, p. 11-50, 1 set. 2018.
SAUVÊTRE, Pierre; LAVAL, Christian; GUÉGUEN, Haud; DARDOT, Pierre. A escolha da guerra civil: uma outra história do neoliberalismo. São Paulo: Elefante, 2021.
364p.
SHAFIQ, Aysha. The War on Terror and the Enforced Disappearances in Pakistan. Human Rights Review, v. 14, 2013, p. 387-404.
SIKKINK, Kathryn. The Justice Cascade: How Human Rights Prosecutions Are Changing World Politics. New York: W. W. Norton & Company, 2011.
SIMON, Roberto. O Brasil contra a democracia: a ditadura, o golpe no Chile e a Guerra Fria na América do Sul. São Paulo: Companhia das Letras , 2021.
SLAHI, Mohamedou Ould. The Mauritanian. Edimburgo: Canongate Books, 2021.
TELES, Janaína de Almeida. Eliminar “sem deixar vestígios”: a distensão política e o desaparecimento forçado no Brasil. Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 265–297, 2020. DOI: 10.9789/2525-3050.2020.v5i10.265-297.
TERESTCHENKO, Michel. O bom uso da tortura: ou como as democracias justificam o injustificável. trad. Constância Maria Egrejas Morel. São Paulo: Edições Loyola, 2011.
VERVAELE, John A. E. A Legislação Antiterrorista nos Estados Unidos: um Direito Penal do Inimigo? Revista Eletrônica de Direito Penal e Política Criminal, (S.l.], v. 2, n. 1, dez. 2014. ISSN 2358-1956. Disponível em: http://seer.ufrgs.br. Acesso em: 23 abr. 2025.
ZARRUGH, Amina. The Development of US Regimes of Disappearance: The War on Terror, Mass Incarceration, and Immigrant Deportation. Critical Sociology. v. 46, n. 2, mar 2019.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 ZIZ - Revista Discente de Ciência Política

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
