Nhá Quitéria de Sorocaba: a comunicação rebelde no muro
DOI:
https://doi.org/10.22409/arte.lugar.cidade.v2i2.68220Palavras-chave:
comunicação rebelde; Nhá Quitéria; SorocabaResumo
O presente artigo tem como tema a intervenção urbana da pichação em Sorocaba, interior de São Paulo. A análise restringe-se a um caso específico em torno da figura de Nhá Quitéria, uma ex-escravizada que viveu na cidade entre meados do século XIX e meados do século XX. O objetivo é debater a pichação, como arte urbana e mídia, considerando-a uma comunicação rebelde, antagônica à oficialidade. A pergunta que este artigo procura responder é se a pichação pode constituir-se como produtora de um lieu de mémoire (lugar de memória alternativa). Para sustentação teórica, utilizamos Nora, para a discussão sobre o lugar de memória; Flusser, no tocante à dicotomia do diálogo e do discurso; Sodré, para explicitar como se dá o processo de comunicação; e Certeau, que contribui para a reflexão sobre as práticas microbianas. Como metodologias, foram empregadas a observação de campo e a revisão bibliográfica.
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